
Barcelona suaviza todo o percurso do filme, tornando-o uma agradável experiência. Penélope Cruz chega um pouco tarde no filme, conseguindo dar muito mais brilho e vida ao mesmo. Penso que os alicerces que sustentam o longa são Javier Bardem (com seu personagem sedutor e bastante cativante), Penélope Cruz (mostrando-se uma artista complexa e muito direta) e a própria Barcelona.
Scarlett Johansson e Rebecca Hall (Cristina e Vicky) sem dúvida são encantadoras e charmosas; sinto apenas certa falta de maturidade, tanto na conduta quanto na atuação das personagens por elas interpretadas. Não há problemas na questão de Vicky se mostrar muito mais inflexível e moralista do que Cristina, o problema ocorre quando Rebecca (Vicky) não dá conta desse recado e transforma sua personagem numa mulher... chata. Monótona demais, assim como seu marido Doug (mas talvez esse fosse o intuito). Felizmente ela vai amadurecendo com o desenrolar da história.
Vicky Cristina Barcelona tem um diretor experiente, elenco forte e belas locações. Mas o que me cativou por inteiro foi a questão do “desabrochar artístico” de Cristina e do belo triângulo amoroso formado. Admito que a narrração me incomodou em diversos momentos, tornando o filme um pouco didático e subestimando nossa capacidade de compreensão visual.
Simples e perfumado.

Adorei o filme, acho que é o mais maduro do Allen, me pareceu que ele conseguiu dizer tudo que quer dizer nesse filme (e já vinha dizendo nos anteriores) de maneira concisa. Me pareceu que a narração veio como complemento e busca de contar mais história em menos tempo, mas precisaria revê-lo pra firmar opinião. Gostei muito do comentário, parabéns pelo blog! Abração Gui!
ResponderExcluirValeu Gu!
ResponderExcluirBoa concepção a tua, sobre a narração.
Sempre bom visualizar e re-visualizar esse prisma de idéias que é o bom cinema.
Um abraço.
Ainda não vi "Vicky, Crsitina", mas gostei da sua análise. Parábens pelo blog e que mais artigos venham!
ResponderExcluirabraços
A melhor frase do filme é da Cristina, que diz algo do tipo: "Não sei o que eu quero, mas sei o que não quero". Ouso dizer que é meio caminho andado.
ResponderExcluirGostei bastante do filme. É simples e complexo ao mesmo tempo. Delicioso.
ResponderExcluirMas devo dizer que a narração incomodou a mim, a você e a muitos.
Grande beijo.