quinta-feira, 23 de julho de 2009

Vicky Cristina Barcelona



Barcelona suaviza todo o percurso do filme, tornando-o uma agradável experiência. Penélope Cruz chega um pouco tarde no filme, conseguindo dar muito mais brilho e vida ao mesmo. Penso que os alicerces que sustentam o longa são Javier Bardem (com seu personagem sedutor e bastante cativante), Penélope Cruz (mostrando-se uma artista complexa e muito direta) e a própria Barcelona.

Scarlett Johansson e Rebecca Hall (Cristina e Vicky) sem dúvida são encantadoras e charmosas; sinto apenas certa falta de maturidade, tanto na conduta quanto na atuação das personagens por elas interpretadas. Não há problemas na questão de Vicky se mostrar muito mais inflexível e moralista do que Cristina, o problema ocorre quando Rebecca (Vicky) não dá conta desse recado e transforma sua personagem numa mulher... chata. Monótona demais, assim como seu marido Doug (mas talvez esse fosse o intuito). Felizmente ela vai amadurecendo com o desenrolar da história.

Vicky Cristina Barcelona tem um diretor experiente, elenco forte e belas locações. Mas o que me cativou por inteiro foi a questão do “desabrochar artístico” de Cristina e do belo triângulo amoroso formado. Admito que a narrração me incomodou em diversos momentos, tornando o filme um pouco didático e subestimando nossa capacidade de compreensão visual.

Simples e perfumado.